A vanguarda contra Bolsonaro

André Lobão
3 min readMay 11, 2019

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Parece que os estudantes resolveram exercer seu papel de vanguarda e puxam um movimento real de contestação ao governo Bolsonaro, que, como todos sabem, coloca em prática o receituário ultraneoliberal aplicando cortes no orçamento do sistema educacional do Brasil, além de colocar em prática o desmonte total das estatais, com foco na Petrobrás, e promove a destruição do Estado Social através da reforma da Previdência.
Da universidade ao ensino básico o governo Bolsonaro, sob a batuta de seu ministro da Educação , Abraham Weintraub, anunciou cortes na média de 30% do orçamento destinado às universidades públicas, e de 47% ao Fundeb ( Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). Além desses cortes, o Ministério da Educação anunciou a suspensão do pagamento de bolsas para mestrados e doutorados para estudantes selecionados em novas pesquisas a partir de 2019.
Essas medidas mostram claramente como Bolsonaro sem nenhum rodeio e justificativa começa a aplicar sua "guerra ideológica" contra a universidade pública, pesquisa, professores e estudantes. Assim fica evidente que sob as orientações de seus gurus, Olavo de Carvalho e Steve Bannon, seu governo encaminha uma guerra que pretende derrubar os alicerces da Educação brasileira.

Desemprego aumenta

Contra todo esse desmonte, estudantes universitários e secundaristas, junto com professores e trabalhadores de apoio já ocupam as ruas do Brasil, tentando chamar atenção da população, até para os proprios eleitores de Bolsonaro, para o que está acontecendo, e de como essas medidas afetam no só o presente, mas também o futuro de uma geração que convive com um grande desemprego que já afeta a vida de mais de 13 milhões de pessoas.

Petroleiros aderem

Neste 15 de maio, vai acontecer uma mobilização nacional que está sendo chamada de Greve da Educação. O movimento já ganha adesão de diversas categorias como a dos petroleiros que também farão mobilizações em solidariedade à Educação e também contra o anúncio de venda de oito das 13 refinarias do sistema Petrobrás.

Caminhoneiros insatisfeitos

Neste momento, de claro ataque neoliberal, é fundamental adesão de outras categorias ao movimento. Um sinal disso é a reaglutinação do movimento dos caminhoneiros que contestam a política de preços aplicadas aos combustíveis que só favorece aos especuladores financeiros que são acionistas da Petrobrás. Os caminhoneiros já anunciam uma paralisação nesta segunda (13).

Greve Geral

Ainda neste quadro de luta e mobilizações as centrais sindicais convocam para uma Geral Geral programada para o dia 14 de junho.

Veja abaixo alguns dos protestos agendados para o dia 15, de acordo com informações divulgadas pela UNE.

AMAPÁ

Macapá: Praça das Bandeiras, às 15h

AMAZONAS

Manaus: Entrada da Ufam, a partir das 7h, e às 15h no centro da cidade

CEARÁ

Fortaleza: Praça da Bandeira, às 8h

DISTRITO FEDERAL

Brasília: Museu da República, às 10h

GOIÁS

Goiânia: Praça Universitária, às 14h

MARANHÃO

São Luís: Espaço de Vivência da UFMA, às 10h30

MATO GROSSO

Praça Alencastro, às 14h

MINAS GERAIS

Belo Horizonte: Praça da Estação, 9h30

Diamantina: Largo Dom João, 15h

PARANÁ

Curitiba: Praça Santos Andrade, 9h

RIO DE JANEIRO

Rio de Janeiro: Candelária, 15h

RIO GRANDE DO SUL

Caxias do Sul: Praça Dante Alighieri, às 16h30

Porto Alegre: Faculdade de Educação da UFRGS, às 18h

Viamão: centro da cidade, às 16h

SANTA CATARINA

Chapecó: Praça Coronel Bertaso, às 9h30

Florianópolis: Largo da Alfândega, 15h

SÃO PAULO

Campinas: Largo do Rosário, às 10h30

São Carlos: Praça Coronel Salles, às 9h

São Paulo: vão do Masp, na avenida Paulista, às 14h

Sorocaba: Praça Coronel Fernando Prestes, às 9h

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Written by André Lobão

Apenas um jornalista antineoliberal, anticapitalista e brasileiro, acima de tudo.

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