A vanguarda contra Bolsonaro
Parece que os estudantes resolveram exercer seu papel de vanguarda e puxam um movimento real de contestação ao governo Bolsonaro, que, como todos sabem, coloca em prática o receituário ultraneoliberal aplicando cortes no orçamento do sistema educacional do Brasil, além de colocar em prática o desmonte total das estatais, com foco na Petrobrás, e promove a destruição do Estado Social através da reforma da Previdência.
Da universidade ao ensino básico o governo Bolsonaro, sob a batuta de seu ministro da Educação , Abraham Weintraub, anunciou cortes na média de 30% do orçamento destinado às universidades públicas, e de 47% ao Fundeb ( Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). Além desses cortes, o Ministério da Educação anunciou a suspensão do pagamento de bolsas para mestrados e doutorados para estudantes selecionados em novas pesquisas a partir de 2019.
Essas medidas mostram claramente como Bolsonaro sem nenhum rodeio e justificativa começa a aplicar sua "guerra ideológica" contra a universidade pública, pesquisa, professores e estudantes. Assim fica evidente que sob as orientações de seus gurus, Olavo de Carvalho e Steve Bannon, seu governo encaminha uma guerra que pretende derrubar os alicerces da Educação brasileira.
Desemprego aumenta
Contra todo esse desmonte, estudantes universitários e secundaristas, junto com professores e trabalhadores de apoio já ocupam as ruas do Brasil, tentando chamar atenção da população, até para os proprios eleitores de Bolsonaro, para o que está acontecendo, e de como essas medidas afetam no só o presente, mas também o futuro de uma geração que convive com um grande desemprego que já afeta a vida de mais de 13 milhões de pessoas.
Petroleiros aderem
Neste 15 de maio, vai acontecer uma mobilização nacional que está sendo chamada de Greve da Educação. O movimento já ganha adesão de diversas categorias como a dos petroleiros que também farão mobilizações em solidariedade à Educação e também contra o anúncio de venda de oito das 13 refinarias do sistema Petrobrás.
Caminhoneiros insatisfeitos
Neste momento, de claro ataque neoliberal, é fundamental adesão de outras categorias ao movimento. Um sinal disso é a reaglutinação do movimento dos caminhoneiros que contestam a política de preços aplicadas aos combustíveis que só favorece aos especuladores financeiros que são acionistas da Petrobrás. Os caminhoneiros já anunciam uma paralisação nesta segunda (13).
Greve Geral
Ainda neste quadro de luta e mobilizações as centrais sindicais convocam para uma Geral Geral programada para o dia 14 de junho.
Veja abaixo alguns dos protestos agendados para o dia 15, de acordo com informações divulgadas pela UNE.
AMAPÁ
Macapá: Praça das Bandeiras, às 15h
AMAZONAS
Manaus: Entrada da Ufam, a partir das 7h, e às 15h no centro da cidade
CEARÁ
Fortaleza: Praça da Bandeira, às 8h
DISTRITO FEDERAL
Brasília: Museu da República, às 10h
GOIÁS
Goiânia: Praça Universitária, às 14h
MARANHÃO
São Luís: Espaço de Vivência da UFMA, às 10h30
MATO GROSSO
Praça Alencastro, às 14h
MINAS GERAIS
Belo Horizonte: Praça da Estação, 9h30
Diamantina: Largo Dom João, 15h
PARANÁ
Curitiba: Praça Santos Andrade, 9h
RIO DE JANEIRO
Rio de Janeiro: Candelária, 15h
RIO GRANDE DO SUL
Caxias do Sul: Praça Dante Alighieri, às 16h30
Porto Alegre: Faculdade de Educação da UFRGS, às 18h
Viamão: centro da cidade, às 16h
SANTA CATARINA
Chapecó: Praça Coronel Bertaso, às 9h30
Florianópolis: Largo da Alfândega, 15h
SÃO PAULO
Campinas: Largo do Rosário, às 10h30
São Carlos: Praça Coronel Salles, às 9h
São Paulo: vão do Masp, na avenida Paulista, às 14h
Sorocaba: Praça Coronel Fernando Prestes, às 9h